Introdução a Visualização de Dados
O que você irá aprender?
Antes de começar a escrever este post, gostaria de fazer algumas perguntas.
- Você está satisfeito com a forma de visualizar seus dados hoje em dia?
- Seus relatórios mostram a informação de forma simples e objetiva? (= seu chefe, cliente ou colegas entendem rápido as informações que você mostra nos seus gráficos? )
- Só de olhar os gráficos, você já sabe qual ponto você precisa se aprofundar para a sua tomada de decisão?
Se você não respondeu "sim" a todas essas perguntas, é porque você precisa começar a pensar sobre visualização de dados.
1. O que é Visualização de Dados?
Dataviz, ou visualização de dados, é a visualização gráfica dos dados que nós temos. É quando pegamos uma planilha, um conjunto de dados em si e pensamos em como trazer a melhor forma de visualização. Nós temos diversos tipos de visualização, como: gráficos, tabelas, dashboards, infográficos, mapas etc.
No meio do marketing, os dashboards têm se tornado cada vez mais comuns. Isto é motivado por uma série de fatores, os quais podemos destacar alguns:
- Necessidade de visualizar a informação de forma dinâmica e ágil (chega de passar manhãs atualizando planilhas e/ou tirando prints para inserir em um ppt).
- Pensar em padrões e conexões que nos permitam trazer um volume muito grande de informações de uma forma mais fácil de identificarmos sentido a essa informação. É como se fossemos transformar a informação em um cenário para os seus olhos, buscando padrões escondidos
- Nos permite focar apenas no que é mais importante.
Por que conhecer sobre dataviz é essencial:
Viabilidade
Não basta termos dados disponíveis, eles precisam ser entendidos. Como estamos vivendo a era de ́"dados são o novo petróleo ́, estamos lidando com volumes cada vez maiores de dados. O dataviz entra aqui como se fossem flores desabrochando nesse solo, permitindo que os números se tornem em padrões interessantes e diferentes que possam ser percebidos. A necessidade de tomar decisões cada vez mais ágeis em diversas indústrias torna essencial buscarmos formas de tornar viável a leitura desses dados. Nós conseguimos isso com visualizações adequadas.
Comunicação
É através da visualização de dados que conseguimos trabalhar o conceito de [Data Storytelling ](lhttps://open.spotify.com/episode/19yM0e43LP9bIwVdNb4lsP?si=CSk2Hn55TWqA4L0RBSChVQ) e tornar a mensagem que queremos mais interessante e fácil de entender. Isso é MUITO importante porque os insights que temos a partir da análise de dados são potencialmente inúteis se você não puder comunicá-los às pessoas certas da maneira certa (e consequentemente não não vai conseguir a mobilização das equipes necessárias).
Todos nós temos certa intuição quando o assunto é visualização de dados de forma eficiente. Mas isso não é suficiente. Precisamos trazer intenção.
Dashboard e Usabilidade
1. Visualização do dado
Agrupamento dos elementos: Mesmo que você já saiba o que você quer colocar no seu dash, antes de colocar essas informações de qualquer jeito no arquivo, é essencial que você organize a hierarquia das informações.
- Elimine as informações que não são necessárias. Você consegue explicar porque aquela métrica precisa estar ali?
- Existe um volume máximo de informação que cabe em uma mesma linha/página. O excesso de informações agrupadas torna o conteúdo difícil de ler e quase impossível de focar nos dados importantes:
a) O espaço negativo, fica em volta dos elementos gráficos principais. É muito usado para criar efeitos gráficos e dividir informações visuais. Esse papel de “intervalo” feito pelo espaço negativo funciona como as vírgulas em um texto, ou seja, oferecem um tempo para processar uma informação e começar a entender a informação seguinte. Por outro lado, o excesso de espaços em branco pode fazer a visualização parecer incompleta. Logo, precisamos de equilíbrio. - Entenda o que é a informação primária, e o que é informação secundária dentro do seu slide. A informação primária deve ter mais destaque, enquanto grupos de informações similares precisam ter o mesmo peso.
- Pense no agrupamento de informação não só dentro da página, mas também entre elas.
Quando isso não acontece, acabamos tendo isso:
Informações visuais devem ser apresentadas primeiro
Para que as pessoas entendam rapidamente as informações transmitidas, é preciso pensar na ordem de exposição das informações. A ordem de leitura em português é da esquerda para a direita, portanto se temos informações visuais e um texto de apoio, é razoável que as informações visuais sejam colocadas primeiro, pois em geral são mais fáceis de entender.
Quando uma página apresenta mais texto que imagens, a tendência é que nossos olhos percorrem as informações seguindo um padrão semelhante a uma letra “F”, como mostram os mapas de calor abaixo. Esse padrão é comum em páginas da web que possuem artigos e também em páginas de resultados de busca.
Já para páginas que apresentam mais imagens do que texto, a tendência é que nossos olhos percorrem as informações seguindo um padrão semelhante a uma letra “Z”, como mostra o esquema de ordem de leitura abaixo.
Você precisa pensar na FORMA.
Às vezes você tem uma informação que é melhor você diferenciar através de cor e não tamanho (e vice-versa). O cérebro funciona melhor para entender certas diferenciações. Isso precisa ser avaliado em cada caso. **Importante:** Não é simplesmente colocando todas as cores do mundo que ele vai ficar bom ou falar o que você quer dizer.
Exemplo:
Além de termos MUITOS segmentos nesse gráfico, potencializa a confusão por termos escolhido o gráfico de pizza. É mais complicado analisar a diferença numa área redonda. Quando temos % muito próximos, fica impossível saber qual cor é maior que a outra. Neste caso, seria mais indicado limitar essa visualização pelos 10 emojis mais usados e trocar para um formato como:
- Gráfico de barras
- Gráfico de área
- Gráfico de árvore
Cores e Fontes
Fonte: Ao criar gráficos, é sempre necessário informar a escala dos dados em cada eixo, além de informações complementares nos rótulos de dados, títulos de eixos e do gráfico, legendas, entre outros elementos. Portanto, sempre temos palavras e números escritos para dar significado ao que é mostrado no gráfico.
Dessa forma, além de pensarmos qual é o tipo de gráfico mais adequado para nossos dados, precisamos pensar na tipografia. É preciso que as informações escritas sejam legíveis e agradáveis de ler, considerando ainda o contexto em que elas são lidas.
Também é recomendável não alterar mais de um atributo (cor, tamanho, negrito, itálico) em fontes adjacentes (palavras próximas uma da outra):
2. Tangibilização do dado
Mais importante do que quais números estão ali é como chegamos até aqueles números. Para isso, precisamos sempre nos preocupar em responder:
- O QUE e estamos levando (importante: destacar o período e a métrica)
- POR QUE estamos levando (fundamentação da sua análise. Você já mostrou o que foi identificado e agora precisa explicar porque é importante entender isso).
3. Execução dos insights
Agora que explicamos o que estamos levando, por que é importante, temos que dar a nossa decisão final onde explicamos o insight tirado. É o momento de responder COMO resolvemos um problema ou mantemos uma estratégia acertada. É aqui que você define as próximas informações a serem testadas e ou executadas.
Faça uma lista final que ambas as equipes precisam ter documentada com o responsável por cada uma delas.
Espero que as dicas que separamos aqui te ajudem a construir dashboards cada vez mais eficientes! LEMBRE-SE SEMPRE: manter a visualização simples e “limpa”, estimulando o engajamento do leitor com o conteúdo.
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